8. ALÍCIA ALONSO





Alicia Ernestina de la Caridad del Cobre Martínez del Hoyo, nasceu e faleceu em Havana de 21/12/1920 á 17/10/2019, foi bailarina e coreógrafa cubana, uma das bailarinas mais aclamadas no século XX, foi diretora do Ballet Nacional de Cuba, onde coreografou, dirigiu e acompanhou o ballet cubano por todo o mundo, deu início seus aprendizados no ballet aos 11 anos de idade, com Nikolai Yavorsky, posteriormente estudou nos Estados Unidos, onde se formou na School of American Ballet de Nova York. Aos 15 anos de idade casou-se com o bailarino Fernando Alonso e passou a chamar-se Alicia Alonso. Juntos criaram o Ballet Nacional de Cuba em 1948, assim que retornaram dos Estados Unidos para Havana. Incorporaram à companhia obras como Giselle, Coppélia e La sylphide. Mesmo com todas as debilidades físicas que o tempo lhe impôs Alicia Alonso dirigiu o Ballet Nacional Cubano por mais de 60 anos, é a criadora do método de ensino Cubano de Ballet.


 
Estreou na Broadway em 1938 e aos 19 anos, devido a uma doença, perdeu parcialmente a visibilidade de um olho. Seus parceiros tinham sempre que estar no exato lugar onde ela esperava que estivessem e usava diferentes luzes no palco para guiá-la.

Dançou duas vezes na Rússia e produziu o balé Giselle para Ópera Nacional de Paris, sendo ela própria a primeira bailarina. Foi a primeira e única até agora latino-americana a ter o título simbólico de prima ballerina, que é concedido aos bailarinos mais excepcionais. Depois do triunfo da Revolução Cubana, em 1959, Alonso retornou a seu país e tornou-se bailarina e diretora do Balé Nacional de Cuba.

Em maio de 2009, ao final da apresentação do clássico Giselle, Alicia Alonso foi aplaudida de pé por vários minutos, no Grande Teatro do Palácio das Artes em Belo Horizonte, Brasil. Foi agraciada com a Medalha Picasso pela UNESCO. A partir de 2002 foi Embaixadora da Boa Vontade da UNESCO na promoção de ballet (Programa de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade). Morreu em Havana, aos 98 anos, vítima de doença cardiovascular.
Alícia Alonso, não foi fácil, muito até diriam desagradável como pessoa, mas ela era apaixonada pela dança, extremamente disciplinada de perfeição em todos seus movimentos e só exigia a mesma habilidade para seus pupilos as quais dedicava-se incansavelmente. Politicamente não era tão querida pelo mundo, devido sua ligação com Fidel Castro, porém artisticamente existem aqueles que dizem ser um meio de sobreviver no mundo, Fidel Castro foi o grande impulsionador do Ballet Nacional de Cuba.
Alícia quase cega dançou quase sua vida inteira sendo guiada por luzes de cores diferenciadas no palco, exigia que todos seus partners estivessem exatamente onde combinado. Ela deixou os palcos para assumir somente a direção da escola, aos 74 anos reinterpretando "Giselle", grandes bailarinos do mundo sempre comentou que Alícia nasceu para que Giselle não morresse.

by: Vilma LS

3. VÍDEO